Museu do Prado

Toda cidade tem um museu emblemático. Imagina Paris sem o Louvre, Londres sem a National Gallery e São Paulo sem o MASP? Ficariam incompletas, com certeza. Madrid tem o Museu do Prado que abriga umas das melhores coleções de arte do mundo. São mais de 1.150 peças entre pinturas, esculturas, desenhos e objetos de artes decorativas. Junto a outros dois museus, o Reina Sofía, voltado para arte moderna e contemporânea e o Museu Thyssen-Bornemisza, o Prado faz parte do chamado Triângulo das Artes que concentra a maior quantidade de obras de arte por metro quadrado do planeta.

CC - Turismo Madrid
Foto : Turismo Madrid (CreativeCommons)

Tudo começou no século 16, quando o imperador Carlos V – aquele que dizia que no império dele “o sol nunca se punha” – resolveu patrocinar vários pintores para que trabalhassem para seu real serviço prática usual na época.

Os monarcas seguintes continuaram a tradição seja bancando os artistas seja comprando obras. Como os espanhóis dominaram boa parte da Europa por um tempo, se explica tanto a diversidade quanto a quantidade de obras entesouradas que se encontra no museu.

CC - Jon Jackson
Foto: Jon Jackson (CreativeCommons)

Boa parte dos objetos que vemos no Prado estava dispersa em vários palácios espanhóis e coube ao rei Carlos III, no século 18, reuni-los em um só lugar. Assim, estava fundado o núcleo inicial do museu do Prado. O acervo se incrementou quando foi fechado em 1872 o museu da Trindade, especializado em arte religiosa. Posteriormente, quando o museu Reina Sofia foi criado, as obras do século 20 foram cedidas a esta instituição e desta maneira o período artístico da coleção abarca desde a Idade Média até o impressionismo do século 19/20 com obras do espanhol Joaquín Sorolla.

CC - Turismo Madrid
Foto: Turismo Madrid (CreativeCommons)

O principal destaque do Museu do Prado vai para Diego Velázquez, sevilhano nascido em 1599 e que esteve a serviço de Felipe IV como pintor de câmera. Este tinha a responsabilidade de retratar o rei e a sua família, além de pintar obras que embelezassem os palácios e as capelas reais. Velázquez conta com uma sala dedicada a “Las Meninas” e aos retratos dos infantes.

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Foto: WikiCommons

Igualmente, Francisco Goya conta com um espaço exclusivo. O pintor, nascido na província de Zaragoza, chegou a Madri em 1763 e retratou os nobres e as pessoas do povo. Por isso, há duas salas dedicadas tanto para seus quadros produzidos no período quando era pintor da corte, como sua produção posterior exemplificado pelo conjunto chamado “pinturas negras”, onde desenvolveu uma linguagem bastante pessoal e perturbadora.

CC Joel Corremadrid
Foto: Joel Corremadrid (CreativeCommons)

O Museu do Prado também abriga exposições temporais onde se expõe trabalhos de outros museus ou a parte das obras que estejam na sua reserva técnica. Afinal, um museu nunca mostra todas as obras que têm, pois seria impossível.

Prepare a sua visita. Vale a pena navegar no site do museu onde são propostos vários recorridos de acordo com as horas que o turista vai passar ali. Igualmente, é possível visitar diretamente as salas do pintor de sua preferência como Velázquez, El Greco, Tiziano ou Goya. Ou se você está com muita pressa, o museu selecionou 15 obras-primas significativas de cada período para você ir direto ao ponto e ser feliz. Mas se você é o tipo de pessoa que adora um museu e planeja ficar ali por um bom tempo, o Prado tem uma cafeteria no primeiro andar para o visitante fazer um pit-stop sem precisar sair de lá. Bom passeio!

MUSEO NACIONAL DEL PRADO

Onde? Paseo del Prado, s/n. Metrô Banco de Espanha, L2.
Quando? De segunda a sábado de 10.00 a 20.00h. Domingos e feriados de 10.00 a 19.00h
Quanto? A entrada custa 14 euros e dá acesso ao acervo permanente e às exposições temporais da época. Meia-entrada para os maiores de 65 anos. De terça a sábado depois das 18h e domingos e feriados, de 17h às 19h, a entrada é gratuita para a exposição permanente. A fila é grande, mas o museu é maior e não fica lotado.

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