Idas e vindas de Segóvia

Post por Camila Levy, autora do blog Con Su Lado de Ca

Como bem lembrado pela Paula Amaro (Bitemad) aqui no BLPM, tem muitas opções de escapadinhas ao redor de Madrid. Eu sempre digo aos visitantes que um dia em Segóvia ou em Toledo são imprescindíveis pra se deliciar com a região.

Geralmente as pessoas preferem ir a Toledo, por ser maior, ou mais “famosa”. Eu sempre digo que Segóvia é IMPERDÍVEL. E nesse post comento porque essa cidadezinha me encanta.

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Pra começar, vou tentar ser menos óbvia ao falar de Segóvia! Depois de estar lá umas 5 ou 6 vezes, seja em casal, com os pais, com os amigos ou com companheiros de trabalho, posso dizer que tem mais pra ver/fazer, além das 3 coisas mais famosas, que são: o Aqueduto, o Alcázar e a Catedral de Segóvia.

Primeiro, como chegar em Segóvia?

De carro: rota via A-6 e AP-61 (com pedágio), leva mais ou menos uma hora pra chegar e a viagem é linda. Durante o inverno vemos as montanhas da Serra de Madrid cobertas por neve, e é possível parar em algum ponto para fazer uma guerrinha.

Em Renfe (AVE): Os trens saem da Estação de Chamartín e levam apenas 20 minutinhos para chegar em Segóvia-Guiomar. Daí basta pegar um ônibus em direção ao centro da cidade. Geralmente têm dois na saída da estação, sempre sincronizados com chegadas e saídas dos trens pra Madrid.

Já na chegada!

Seja em carro ou em ônibus, ao entrar na cidade, a primeira coisa que se vê é o magnífico Aqueduto de Segóvia, presente dos romanos para a cidade, que foi construído entre os séculos I e II d.C. A primeira vez que vi aquilo passei uns bons minutos tentando imaginar como foi possível construir a obra de engenharia ainda naquela época! Enfim… aproveite bem para subir e descer as escadarias, ir de um lado ao outro e tirar muitas fotos – pois vai ser difícil ver outra construção como aquela, no meio de uma cidade.

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Outras atrações famosas

A Catedral de Segóvia está datada entre os séculos XVI e XVIII e tem um estilo gótico, mas já entrando no renascimento. Honestamente, não acho que seja a Catedral mais magnífica dos arredores de Madrid (prefiro a de Toledo). Assim que, se der preguicite, não acho que seja imprescindível entrar… ou subir na torre. A vista do Alcázar vale mais a pena!

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O Alcázar de Segóvia está no alto da cidade, muito próximo ao local onde se inicia a construção do Aqueduto. Muitas pessoas acham que é o Castelo da Disney, mas é somente muito parecido… ou tem o mesmo estilo. Acho muito legal entrar pra conhecer, e melhor ainda entrar numa visita guiada. O Alcázar é meio vazio por dentro, mas as histórias que são contadas interessam bastante. Se tiver fôlego e paciência, compre o ticket para subir na torre. Mas não se iluda em achar que é fácil. É bem apertadinho e só pode passar uma pessoa por vez, sendo assim, num dia muito lotado, dá pra perder bastante tempo esperando a galera subir e descer.

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Coisas que não te contam

Entre o Aqueduto e o Alcázar não deve ter mais do que 30 minutos de caminhada, bem devagar, e passando pela Catedral. Nesse caminho estão lojas, restaurantes, antigas igrejas e construções, além da Plaza Mayor de Segóvia. Para voltar ao Aqueduto, muita gente volta pelo mesmo caminho, mas existem duas opções mais legais!!

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Eu geralmente volto beirando a muralha, com lindas vistas do Alcázar e da Catedral, além de uma área verde que circula a cidade. Nesse caminho, antes de chegar ao Bairro Judeu, está o Museo de Segóvia. É pequeno, custa 1€ pra entrar, e eu o considero imperdível! Gosto demais das maquetes das fábricas de moeda, e um vídeo explicativo de como o Aqueduto foi construído. Vale a passagem – informações aqui.

Da última vez fui beirando a muralha também, mas pelo outro lado – e vi uma parte da cidade mais “urbaninha”,  mais habitada por locais. Está cheia de áreas verdes e vistas muito bonitas também. Esse caminho é mais longo e mais fácil de se perder, porém, perguntando pela rua, saímos na escadaria do Aqueduto.

Outra coisa que descobrimos por conta própria foi a melhor terraza de Segóvia, que fica ao lado do Alcázar. É um Café que está junto ao escritório para compra dos ingressos. Para passar uns bons momentos, tomar una clara, ou esperar algum visitante do Alcázar, ali é o lugar! Não espere alta gastronomia, mas sim umas vistas assim:

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Um local que vale a passagem, antes de voltar pra Madrid, é a Pasteleria Acueducto. Eu AMO uma bomba, que aqui se chama “Pepito” – parece um cachorro quente doce. Mas tudo vale a pena e os bombons são divinos!

Segóvia é gastronomicamente muito conhecida pelo Cochinillo, que é um leitãozinho de poucos dias, temperado somente com sal e assado lentamente nos restaurantes da cidade. Eu particularmente não gosto de comer Cochinillo, porém gosto demais do Solomillo servido em Segóvia, que é um corte nobre de carne. E carne boa em Madrid é difícil de encontrar.

Meu restaurante favorito em Segóvia é bem turístico e bastante clichê – é o Mesón de Cándido e fica aos pés do Aqueduto, na entrada da cidade. O preço é bom, considerando a qualidade, o serviço e a decoração. Vale a pena ir ao menos uma vez na vida, e ganhar um certificado de um membro da familia Cándido, além de ver um deles partindo o Cochinillo com um prato para provar quão macia é a carne.

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Enfim, essa é minha Segóvia e ainda não me cansei de ir até lá para levar meus visitantes! Minha próxima parada será em Dezembro, pra quem sabe, curtir uma neve?

3 comentários sobre “Idas e vindas de Segóvia

  1. O mundo podia ser divido entre os que gostam de Toledo e os que preferem Segóvia assim todos teriam bom gosto!
    Segóvia é sensacional! Eu também sou do Segovia´s time!
    Quero levar todo mundo lá. Dicas anotadas! 🙂

  2. Também sou muito mais de Segóvia! Mas confesso que passeio 5 minutos e vou direto comer o lechazo do José Maria! E depois casa, porque não tem quem aguente caminhar depois de comer um cordeiro…

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